A Hipertensão arterial x Cirurgia Bariátrica

A Hipertensão é um dos grandes problemas enfrentados pelos pacientes com obesidade. Por isso, vale lembrar no Dia Nacional de Prevenção e Combate à doença a importância da cirurgia bariátrica no tratamento das comorbidades.

Recentemente, um estudo brasileiro apontou que a bariátrica pode ser mais eficaz do que o uso de medicamentos isoladamente para o tratamento de pacientes com obesidade e hipertensão a longo prazo. A cirurgia foi responsável pela remissão da hipertensão em 40,9% dos pacientes operados avaliados após um período de três anos, ou seja, eles mantiveram a pressão controlada sem o uso de medicamentos. Nos pacientes submetidos ao tratamento clínico, a remissão foi de 2,5%.  Não deixe de buscar ajuda!

O cirurgião Guilherme Mazzini explica que a maioria dos pacientes perde mais de 50% do excesso de peso com a cirurgia bariátrica. O cirurgião diz ainda que o mais importante é tirar o paciente da obesidade grave, diminuindo o diabetes, pressão alta e as dores articulares. Veja.

SAIBA MAIS:

O Bypass Gástrico é uma das técnicas de cirurgia bariátrica mais utilizadas no Brasil. Vem sendo estudado desde a década de 60 e tem um perfil de segurança, e principalmente eficácia, bem estabelecido. O paciente submetido à cirurgia perde em torno de 80% do excesso de peso ao longo do primeiro ano após a ciurgia.

Neste procedimento é feito o grampeamento de parte do estômago, criando um pequeno estômago que reduz o espaço para o alimento. Também é feito um desvio do intestino, que promove uma diminuição na absorção de nutrientes e aumenta a liberação de hormônios intestinais que dão saciedade e controlam a glicose e o colesterol. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos, aumento da saciedade e alteração do perfil hormonal leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial

A Gastrectomia Vertical também é conhecida como cirurgia de Sleeve (do inglês Sleeve Gastrectomy). Nele cerca de 80% do estômago e ressecado e o estômago remanescente fica com formato de um tubo, com capacidade em torno de 150 mililitros (ml). Esta cirurgia leva a uma boa perda de peso, em alguns casos podendo ser até comparável à perda de peso obtida com o Bypass Gástrico.

A Gastrectomia Vertical é considerada uma cirurgia restritiva e metabólica, porque além de restringir o tamanho do estômago, também provoca efeitos metabólicos que proporcionam um bom controle do Diabetes Tipo 2 e das outras comorbidades associadas à obesidade, como hipertensão e dislipidemias (níveis elevados de colesterol e triglicerídeos).

Atualmente é a cirurgia mais realizada nos Estados Unidos e em vários outros países, e vem crescendo rapidamente também no Brasil. No entanto, existem situações em que ela está contraindicada, devendo-se optar por outra técnica cirúrgica.