Bypass Gástrico

O Bypass Gástrico é uma das técnicas de cirurgia bariátrica mais utilizadas no Brasil. Vem sendo estudado desde a década de 60 e tem um perfil de segurança, e principalmente eficácia, bem estabelecido. O paciente submetido à cirurgia perde em torno de 80% do excesso de peso ao longo do primeiro ano após a ciurgia.

Neste procedimento é feito o grampeamento de parte do estômago, criando um pequeno estômago que reduz o espaço para o alimento. Também é feito um desvio do intestino, que promove uma diminuição na absorção de nutrientes e aumenta a liberação de hormônios intestinais que dão saciedade e controlam a glicose e o colesterol. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos, aumento da saciedade e alteração do perfil hormonal leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial

Assista ao vídeo abaixo para saber mais detalhes técnicos e curiosidades sobre o Bypass Gástrico!

 

Gastrectomia Vertical SLEEVE

A Gastrectomia Vertical também é conhecida como cirurgia de Sleeve (do inglês Sleeve Gastrectomy). Nele cerca de 80% do estômago e ressecado e o estômago remanescente fica com formato de um tubo, com capacidade em torno de 150 mililitros (ml). Esta cirurgia leva a uma boa perda de peso, em alguns casos podendo ser até comparável à perda de peso obtida com o Bypass Gástrico.

A Gastrectomia Vertical é considerada uma cirurgia restritiva e metabólica, porque além de restringir o tamanho do estômago, também provoca efeitos metabólicos que proporcionam um bom controle do Diabetes Tipo 2 e das outras comorbidades associadas à obesidade, como hipertensão e dislipidemias (níveis elevados de colesterol e triglicerídeos).

Atualmente é a cirurgia mais realizada nos Estados Unidos e em vários outros países, e vem crescendo rapidamente também no Brasil. No entanto, existem situações em que ela está contraindicada, devendo-se optar por outra técnica cirúrgica.

Assista ao vídeo abaixo para saber mais sobre as vantagens e desvantagens desta técnica!

Balão Intragástrico

Reconhecido como terapia auxiliar no tratamento da obesidade, trata-se de um procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia. É colocado um balão de silicone dentro do estômago, visando diminuir a capacidade interna gástrica e com isso provocar saciedade precoce.

O balão é preenchido com um líquido azul, chamado de azul de metileno, e que em caso de vazamento ou rompimento será expelido pela urina que ficara com a cor verde ou azul clara. O paciente pode ficar com o balão por um período médio de seis a oito meses. É indicado para pacientes com sobrepeso que não possuem indicação de cirurgia bariátrica. Ainda pode ser utilizado em pacientes considerados super obesos (IMC acima de 50 kg/m2), como estratégia para perder um pouco de peso antes da cirurgia, visando diminuir o risco cirúrgico.

Outros tipos De procedimentos

  • Cirurgia de Duodenal Switch

    Semelhante ao bypass gástrico, esta técnicas combina um componente de restrição (com diminuição do estômago) com um componente de disabsorção (pelo desvio do intestino). Também apresenta efeitos independentes da perda de peso, através de modificações funcionais e hormonais do tubo digestivo, com efeitos benéficos adicionais sobre o controle do diabetes tipo 2 e a dislipidemia. No entanto, apesar de levar a uma menor restrição da ingestão alimentar (o estômago fica maior que no bypass); esta técnica tem um desvio do intestino muito maior. Isto a deixa mais sujeita às complicações nutricionais e metabólicas de controle mais complexo, tais como deficiência de vitaminas, cálcio, e ferro; desmineralização óssea; aumento do número de evacuações diárias, com fezes e flatos muito fétidos. Em geral, a Cirurgia de Duodenal Switch é reservada para casos especiais de pacientes com IMC extremamente elevado (chamados super-obesos) e com comorbidades de mais difícil controle.

  • Banda Gástrica Ajustável

     

    É uma prótese de silicone que, colocada ao redor do início do estômago, dificultando a passagem do alimento. Ela cria uma pequena câmara acima da banda que funciona como um pequeno estômago, e o diâmetro interno da banda pode ser regulado por injeção de líquido no reservatório situado abaixo da pele.

    Apesar de ser um método reversível e pouco agressivo, leva a uma perda de peso que pode ser insuficiente a longo prazo; e pode levar a disfagia (dificuldade de engolir) e refluxo gastro-esofágico, com complicações sérias para o esôfago. Atualmente é um método em desuso. Milhares de bandas gástricas são retiradas todos os anos. Caso você tenha colocado uma banda gástrica no passado, revise com seu médico.